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sábado, 24 de julho de 2010

Street Fighter IV: Review


O Melhor: Na boa? Custa quase metade do preço e tem 10 novos personagens! O Pior: Sabemos que ano que vem terá outro.
.“Super Street Fighter IV” pode – e deve – ser considerado uma expansão. Assim como estamos acostumados a ver desde as versões da época de 16-bit, a atualização tem como principal novidade os personagens. No total, são 10 novos lutadores que completam o time de 35 – agora, você não tem mais desculpa para jogar apenas com o Ken.
Apesar de oito desses dez já serem velhos conhecidos da série, cada um agrega novas formas de se jogar. A ninja Makoto, por exemplo, possui um set de golpes completamente diferente. Essa variedade de gameplay é o que torna Super “Street Fighter IV” um jogo renovado e não uma edição caça-níquel.
Os dois estreantes, Hakan e Juri, me agradaram muito. O lutador turco, apesar de ser mais um para a lista de engraçadinhos, tem um estilo de combate muito interessante. Confesso que minha primeira impressão não foi boa (e como seria? Um lutador que passa óleo no corpo e desliza no chão não é lá o melhor cartão de visitas), mas quando o vi em ação – um legítimo fireball-trap killer – acabei simpatizando e aprendendo alguns golpes.
A atrevida e sensual Juri é tudo que eu imaginava que ela seria; personagem rápida, com uma variedade interessante de golpes para ataque e defesa. Após algumas partidas contra algumas pessoas que já dominam os golpes da moça, tive a certeza que ela foi feita na medida para “SSFIV”, aproveitando todas as mecânicas que também estrearam na série.
Mesmo tendo dado nota máxima para “Street Fighter IV”, eu sabia que o jogo não era perfeito. Na época, considerei que os pequenos defeitos não tiravam os grandes méritos alcançados - é preciso ter sapiência na hora de avaliar. E as reclamações que citei na época eram principalmente: variedade de cenários, músicas, apenas uma opção de especial (sem contar o Super), modo online muito limitado, sistema de replay praticamente inexistente e ausência de um modo de torneio.
Eu achei um pecado usar as lindas versões dos temas de cada personagem apenas no estágio de Rival e em alguns menus, em “SFIV”. Agora, após fazer uma ou duas lutas, você habilita a opção de deixar como padrão as músicas dos personagens durante os combates. Não há como discutir o quanto elas são melhores que as apagadas trilhas de cada cenário. Falando neles, a Capcom criou quatro totalmente novos – arrisco dizer que são os quatro mais bonitos de todos.
Vale citar que todos os personagens ganharam novas animações no modo Arcade – antes da primeira e após a última luta – que contam um pouco da história de cada um. Não vou entrar no quesito relevância dos enredos; existem alguns muito bons e outros simplesmente deploráveis. Mas boa parte deles deixam claro que a Capcom pretende expandir ainda mais a história, ou seja, pode esperar por um “Hyper Street Fighter IV” ano que vem.
Na jogabilidade, a produtora acertou o equilíbrio entre os personagens. O Tiger Shot do Sagat, por exemplo, ficou um pouco mais fraco e o Horyuken forte do Ryu dá um hit a mais. E a cereja do bolo no gameplay é a adição de um segundo Ultra Combo para cada lutador. Agora, todos possuem uma segunda opção de especial, que é escolhida antes da luta começar. Quem tinha especial de agarrão, ganhou um alternativo de contra-ataque ou de ataque, por exemplo, o que deixa o jogador escolher qual se adequa mais ao seu jeito de jogar.
Se você já era jogador de “Street Fighter IV”, o modo online será uma enorme surpresa. Totalmente reformulado, agora é possível jogar partidas clássicas de um contra um ou se arriscar nos dois novos modos. O Endless é quase uma simulação do que acontece quando você reúne uma turma para jogar na sua casa e a regra é simples: perdeu, passa o controle. Até oito pessoas podem ficar com chat aberto assistindo a partida dos dois jogadores da vez. Quem ganha continua jogando.
O outro modo que debuta é o Team Battle. Aqui, dois grupos de 2 ou 4 jogadores se enfrentam. Modo ideal para encarar os mais variados desafiantes online. O modo de torneio não veio junto com o jogo, mas assim como aconteceu com SFIV, a Capcom já prometeu que vai liberá-lo via DLC gratuito ainda esse mês.
O sistema de pontos também mudou. Para incentivar as pessoas a jogarem com mais de um personagem, a Capcom criou duas pontuações diferentes: a de jogador e a de cada lutador.
E, por último, o sistema de replays. Em “SSFIV” você pode gravar todos os replays de lutas que fizer online, e depois chamar até sete amigos para assistir junto com você. Claro que vários detalhes, como a impossibilidade de avançar ou retroceder livremente durante o replay, não deixam tudo da forma perfeita, mas pode acreditar que você dificilmente vai usar o Youtube novamente para assistir e aprender como jogar com algum personagem.
Mesmo sendo uma expansão, “Super Street Fighter IV” tem tantas novidades que mal couberam nesse review. Ah, já estava quase esquecendo: os cenários bônus voltaram, e comprovei que destruir um carro com o choque do Blanka ainda é divertido. A cereja do bolo é o preço, US$ 39, para nenhum dono do SFIV se sentir lesado por ter que comprar uma atualização que tornará seu jogo obsoleto. Desta vez, nós conhecemos o shoryuken flamejante perfeito – até que o próximo apareça.
Por: Callebe Simões

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